teaser

o-projeto

O Projeto

A origem da vida é um questionamento que acompanha a história da humanidade. A busca desta resposta, bem como a justificativa do seu valor em relação ao universo, é o disparador de pensamentos científicos e filosóficos que moldam o comportamento de diferentes civilizações. A percepção do seu início, meio e fim é um elemento fundamental na construção de inúmeras culturas ao longo do tempo, mas certamente reside no indivíduo sua compreensão mais plena e significativa.

Para Sempre tem como tema o ciclo da vida – o habitar e coabitar o mundo. O material convida criança, família e escola a pensarem o planeta, a agirem sobre a terra, cuidarem, interagirem, observarem e registrarem as transformações inerentes ao processo do viver. Lançado em 2013, é o terceiro livro musicado da produtora de conteúdo artístico e educacional Música em Família, de autoria de Paula Santisteban e Eduardo Bologna.

O Livro mescla as culturas oriental e ocidental, entre o Ypê e a Laranjeira. É composto por sete Estações, cada uma delas contém um poema, uma canção e dois espaços para registro: um para ser realizado na escola, a partir das vivências dos alunos; e outro para ser desenvolvido em casa, a partir da vivência com a família. A única exceção é a Estação 4, Festa da Floresta, que não apresenta poema. Ao final do Livro, duas faixas bônus são dedicadas às famílias.

As estações são passeios por temas como nascimento, crescimento, transformação, infância, juventude, vida adulta e as marcas que deixamos no mundo por meio das relações que estabelecemos nesse ciclo da vida. Relações entre pessoas, seres, coisas e elementos da natureza. Esses temas e as propostas do livro possibilitam a expressão da criança por diversas linguagens, como a música, as artes plásticas e visuais, o diálogo, os gestos, a fotografia, a brincadeira, o faz de conta, o texto literário e outras.

O disco Para Sempre traz forte influência de World Music (Música do Mundo), com conceitos fundamentais da música indiana e oriental, sonoridades africanas, referências de música popular latina e norte americana, tradições europeias e raízes brasileiras. Todo o processo de criação foi influenciado e transformado por casualidades e imperfeições, soluções inesperadas e interpretações sublimes dos artistas.

Aqui você conhecerá essas e outras curiosidades de Para Sempre e poderá assistir a vídeos com inspirações do projeto, conhecer poemas, músicas, o livro do aluno e o livro do professor.

Divirta-se e boa viagem!

estacao-one

estacao-one-conteudo
 

A primeira Estação de Para Sempre traz, em sua poética, uma narrativa sobre a vida, segundo diferentes pontos de vista, mas sempre revelando a transformação, um tempo que não se mede pelo relógio, o ciclo da vida, a transformação e a relação entre os seres na natureza. A criança, em relação a tudo o que acontece em seu entorno, dentro e fora dela. Brincar, celebrar, sentir, pensar, crescer, aprender, transformar-se. Ser e estar no mundo e com o mundo. Em um tempo sempre presente, “tempo que começa do fim para o começo, ou do começo para o fim, ou, simplesmente, pelo meio”.

 

“Uma pesquisa impressionante mostra como alunos de escolas baseadas na natureza não só melhoram seus resultados em testes tradicionais, mas também desenvolvem um melhor pensamento crítico, habilidades de solução de problemas, processos de tomada de decisão, entre outros aspectos cognitivos.”

Richard Luov.
Escritor e jornalista.

 

O poema Para Sempre trata da espera, do momento que antecede a expectativa da chegada de uma nova vida, em relação desde o seu início: “Vida que está prestes a chegar, parte de tudo o que já foi, e do que ainda está por vir”. Passado e futuro coabitam o presente na ancestralidade, nas marcas que ficaram do ontem e nas que estão sendo projetadas para o amanhã.

A canção Sem Perceber, aborda a vida que flui e as transformações que acontecem, marcando o ciclo da vida. Tempo mensurado pelo amadurecimento dos seres e pelas transformações naturais que acontecem de dentro para fora, ciclicamente.

estacao-two

estacao-two-conteudo
 

 

O dia precede a noite, a noite precede o dia, em uma alternância sem fim. Como a água que, em seu ciclo, nasce, renasce, transforma-se, vai e volta, vira nuvem, chuva, gelo. Água que está nos rios, mares e lagos. Que banha, hidrata, alimenta. Alimento para a vida que nasce do ventre, da terra, de todo lugar. E a criança? Que percepções e sensações tem em relação à água? Elemento para brincar, molhar, carregar entre mãos delicadas, aguardar o arco-íris, se encantar.

 

“Quando a criança está na natureza, os materiais naturais têm uma conexão direta com o imaginativo dela. Nada está pronto, mas é tudo acessível. Ela tem essa oportunidade de criar e recriar brinquedos o tempo inteiro. A partir do momento que ela está ao ar livre, já tem uma conexão forte com ela mesma, porque ela acessa o seu próprio desejo… é um brincar muito mais criativo, um brincar corporal. Quando está ao livre, ela se movimenta… naturalmente tem vontade de subir, de pular, de correr. É uma liberdade que o ambiente natural oferece para a criança que é muito difícil de ser replicada no interno. Esse senso de liberdade é muito prazeroso, gostoso, incrível”

Laís Fleury.
Coordenadora do Projeto Criança e Natureza.

O poema O Outro Dia trata dos instantes entre o não existir e o existir. Narra a chegada da chuva forte, desde a formação de nuvens que deslizam no céu, até os últimos pingos e a vida que surge a seguir. Dedos Do Céu é uma canção que remete à percepção da chuva a partir dos cinco sentidos e passeia pelo imaginário de como ela é criada, de onde vem e qual a origem de seus sons.

As propostas da Estação convidam a experiências estéticas, sensoriais e afetivas que buscam ampliar a percepção de si e do ser e estar nesse mundo diverso e sistêmico.

estacao-three

estacao-three-conteudo
 

 

O Sol é o elemento central desta Estação. Simboliza a força e a energia vitais para o ciclo da vida. Luz que marca o tempo de abrir os olhos, despertar, correr, pular, brincar, crescer.

 

“Transtorno do déficit de natureza (…) é um termo que criei para definir várias questões físicas e mentais associadas, em parte, a uma vida desconectada da natureza. Entre eles: redução do uso dos sentidos, dificuldades de atenção, taxas mais altas de doenças como miopia, obesidade infantil e adulta, deficiência de vitamina D e outras enfermidades. A ciência tem feito uma correlação entre o tempo gasto na natureza e uma melhoria nessas condições, e há agora mais de 400 estudos sobre o fosso crescente entre as crianças e a natureza, por um lado, e os benefícios das experiências na natureza, por outro”

Richard Luov.
Escritor e jornalista.

O poema Cada Segundo trata da relação do Sol com o tempo e o crescimento ─ com o ciclo da vida. Crescimento da muda, crescimento da criança. Uma referência aos cuidados e à manutenção da vida de que os seres vivos necessitam em seus processos de crescimento.

A canção Tem Um Sol Pra Cada Um é uma homenagem ao astro rei, que emana energia para a Terra e tudo o que nela habita. É um convite a cantar, dançar e celebrar a vida!

“Luz é energia. Luz é nossa fonte primária de energia, de calor. A gente consegue fazer transformações… a natureza faz essas transformações através da fotossíntese. O ser humano consegue transformar essa energia em energia mecânica, física, química… A principal fonte de energia do planeta – o Sol”.

Maurício Sabatino.
Biólogo.

As propostas da Estação convidam a esse clima de energia, de calor, de brincadeira e de celebração. Ampliam a percepção de si mesmas no mundo e no universo. Destacam a interdependência inerente à dimensão ecológica, que acontece na relação entre todos os elementos. Assim, as crianças podem se perceber pertencentes ao todo maior, ao universal.

estacao-four

estacao-four-conteudo

 

Esta é a Estação central de Para Sempre. É a celebração do agora, do momento presente ─ da Infância. A criança está inteiramente representada em suas especificidades no brincar, no dançar, no cantar, no pular, no festejar, no interagir…

 

“É tão difícil falar das coisas simples. É mais fácil falar das coisas rebuscadas. Precisa muita precisão para falar do simples. É tão simples, natural eu me reconhecer como parte da natureza. Eu sou a natureza. Sou os cinco elementos. A natureza está aqui. Três arvores aqui em volta e eu posso me conectar à força de uma floresta inteira. Não preciso necessariamente morar num lugar absolutamente preservado para poder me remeter a esse lugar. Um trabalho importante é voltar a se reconhecer como natureza, mais do que brincar na natureza, é reconhecer que sou parte. Então claro que vou cuidar, porque sou parte da mesma coisa”

Kinha del Mar.
Psicoterapeuta e terapeuta ayurveda.

Música e propostas convidam a experiências lúdicas e afetivas, nas quais a criança pode vivenciar e expressar sua condição de existência e coexistência planetária, ela é parte da natureza e de seu ciclo. Momento de expansão, encontros e emoções. Uma grande Festa Da Floresta, com tudo a que se tem direito: natureza, comidinhas, música, afetos e parceria. Um mundo coabitado por seres e elementos que se relacionam e formam um todo de interdependência e diversidade a ser celebrado.

estacao-five

estacao-five-conteudo
 

 

Esta Estação é uma parada, um olhar para dentro. O ar que entra ao respirarmos profundamente traz o silêncio, a tranquilidade e abre uma janela interior para o mundo da imaginação. Quando cai a noite, é tempo de devaneio: bolhas de sabão são pedras no caminho, carros são mosquitos, elefantes batem as asas…

“Há um tempão atrás eu fui na Folha de S. Paulo, quando veio um astronauta norte-americano, Story Musgrave. Ele veio dar uma entrevista. Ele viajou num ônibus espacial, foi tripulante de duas missões… Perguntaram pra ele como foi chegar no espaço pela primeira vez? Ele disse que não estranhou tanto, porque quando era pequeno ia para um sítio com o seu pai e eles passavam a noite olhando para o céu, para as estrelas. Então quando ele saiu da órbita terrestre pela primeira vez, falou: Aquilo me remeteu àqueles momentos da minha infância junto com meu pai, olhando para o céu…”

Carlos Barmak.
Educador, artista plástico e compositor.

O poema Ainda retrata o pôr do sol, a chegada da noite e as percepções que afloram nesse momento, assim como a vida que acontece à luz da Lua. O elemento ar é evidenciado em sua dimensão sistêmica, permeando a todos que o compartilhamos.

A canção Ontem, Hoje, Amanhã é um convite ao Planeta Ar. Voar, flutuar, suspender. Sair da dimensão da quantidade, da velocidade, do fazer e mergulhar num mar de ar, numa floresta de vapor, onde respira minha mente, num planeta transparente.

“Em um mundo ideal, cada escola incorporaria a natureza em seu projeto arquitetônico e pedagógico, tanto para ajudar os alunos a estudarem a natureza, como para criar um ambiente que incentive a aprendizagem sobre os demais temas. (…) Precisamos apoiar os professores que levam seus alunos para aulas ao ar livre, como contraponto a tendências educacionais que desvalorizam as atividades do lado de fora da sala de aula”

Richard Luov.
Escritor e jornalista.

As propostas da Estação convidam crianças e famílias a imaginar, habitar outro tempo e espaço, em uma dimensão mais ampla, com infinitas combinações que remetem ao mundo imaginário dos sonhos e do movimento surrealista. É um momento de encontro para viverem juntos algo tão presente no imaginário infantil.

estacao-six

estacao-six-conteudo
 

 

Esta Estação sintetiza a ideia do ciclo da vida, reforça a relação sistêmica entre seres, elementos e fenômenos que habitam a Terra ─ o conceito ecológico de que tudo vem da natureza e para ela volta. A mão do homem interfere, transforma, altera, cuida, destrói.

“Lembro um dia que eu estava no carro e minha filha muito pequena estava brava e cansada… ela ficava perguntando se ainda faltava muito pra chegar e eu comecei a inventar umas brincadeiras. Sugeri escolher no caminho quais eram as três árvores mais bonitas… aí ela me disse: – Mamãe, não entendi… Mãe, como você pode achar que uma árvore é mais bonita do que a outra? Quase que eu bati o carro, não conseguia nem responder e falei: – Filha, você tem toda razão… A criança olha o mundo de outro jeito”

Ana Lucia Villela.
Presidente do Instituto Alana.

O poema De Tempos Em Tempos traz em seus versos a síntese do ciclo da vida e a relação de interdependência entre seres e elementos que coexistem na Terra. A planta que precisa do sol, da água, da luz, da terra. A planta que, às vezes, precisa das mãos do homem para retornar à terra e reiniciar seu ciclo. Cuidados para que a vida se perpetue.

A canção Da Terra Vem O Tambor dá continuidade ao tema, ampliando o olhar para a intervenção no meio ambiente. A dimensão ecológica está em tudo. Nas relações entre elementos, seres e objetos e nas ações e reações dessa relação. Uma ação, uma reação, outra reação e outra… Está tudo interligado. Da terra vem o tambor… Da árvore, do bicho da mão… A mão faz um som que estremece corre na madeira e volta para o chão…

As propostas dessa Estação proporcionam à criança, à família e à escola agirem sobre o que vem da terra e pensarem sobre o que dela consomem e quais sementes voltam a plantar. Ser humano, que também é natureza, também faz parte, manipula e cria alimentos, instrumentos, utensílios que têm sua origem na terra, na água, nos minérios, nos animais.

estacao-seven

estacao-seven-conteudo
 

Nessa Estação, o ciclo da vida se renova: final de um e início de outro. A árvore já passou por todas as transformações de seu ciclo: já foi semente e caiu na terra; brotou, virou muda; cresceu; virou árvore, folhas, flores, frutos, ar puro; virou alimento; virou tambor; gerou novas sementes; caiu na terra, virou muda; cresceu. O hoje que é fruto do ontem e semente dos dias de amanhã.

 

“Acho que a gente vive um tempo muito vazio de experiências, muito encapsulado e comprimido. Eu acho que a gente deveria experimentar a largueza do tempo… os tempos vazios, repletos de sensações… acho que a escola experiencia pouco isso. A escola está muito apressada. O mundo está muito apressado. A escola está no mundo. Estamos todos o tempo todo apressados… Mas apressados para que afinal?”

Carlos Barmak.
Educador, artista plástico e compositor.

 

O poema Acontecem O Tempo Todo narra o ciclo da vida por meio da própria vida que acontece – as emoções sentidas, as histórias vividas, as lembranças que ficam, os encontros, as despedidas e, sempre, um recomeço.

A canção Coisas Boas canta a sabedoria construída ao longo da vida. Sabedoria de passar pelas experiências com leveza, com boas lembranças, sem precisar de números, sem precisar de letras. O simples, o essencial: a natureza, as relações, os sentimentos. Sabedoria, legado histórico, cultural, afetivo, orgânico, ecológico e universal. Sabedoria que fica.

As propostas da Estação convidam a mais um olhar para esses ciclos da vida e pelo percurso vivido durante o projeto, as relações da criança com a natureza, a família e a escola. Uma valorização das relações sistêmicas inerentes aos seres, valorizando o que há de essencial para cada um, em todos os tempos.

“(…) dar significado ao tempo, acomodando-o em nossas vidas, aconchegando e assimilando nossas passagens em celebrações e rituais, alinhando-nos com a natureza, é uma das razões para que as festas estejam presentes na humanidade, nos quatro cantos do planeta, das mais diferentes formas e sob os mais diferentes pretextos”.

Profa. Dra. Soraia Chung Saura.
Educadora.

entre-pais-e-filha

entre-pais-e-filha-conteudo
 

As faixas bônus “Parece Até Que Foi Ontem” e “Tão Distante, Tão Perto” são de autoria de por Paula Santisteban e Eduardo Bologna.

“Parece Até Que Foi Ontem”, é uma canção composta para sua filha Estela. É um convite aos pais cantarem para seus filhos.

“Tão Distante, Tão Perto”, é um convite dos autores à meditação e a um momento de introspeçcão.

entre-pais-e-filha-contracapa

contato

Contato